quinta-feira, 19 de março de 2009

A postos, preparar... (um comentário de política partidária e eleições 2010)

A corrida presidencial de 2010 já começou. Bem, isso parece que todos nós já percebemos, não é mesmo? O tom político está mudando e parece que as principais apostas já estão sendo configuradas. A disputa principal vai ficar mais uma vez entre PT e PSDB. Resta saber quem serão os competidores.

Correndo nas raias centrais, o governo parece já ter definido como certa a candidatura de Dilma Roussef. Havia uma ou outra remota possibilidade de mudança, surgiu aqui e ali um nome e outro, mas depois das cirurgias plásticas e da constante presença de Dilma em palanques ao lado do presidente Lula, parece que ela é a bola da vez.

Resta saber se o PMDB vai permanecer na aliança de base nacional com o PT. Certamente trata-se do partido de maior expressão dentre aqueles que fazem liga com o PT. Tem em afinidade com o eleitorado, cadeiras no congresso federal e conseguiu muitas prefeituras nas últimas eleições municipais. Caso não se desvincule dessa união, é forte a possibilidade de o candidato a vice ser pmdbista. Resta ao PMDB saber qual escolha tomar. Permanecer como segundo piloto da escuderia ou se lançar de vez. È um momento muito importante para o partido.

Na raia ao lado, está o PSDB. Aqui a discussão já está mais embaralhada. Serra é o nome mais forte? Talvez nesse momento, sim. Ele fez uma escolha política difícil nas últimas eleições municipais e se deu bem. Ao deferir o apoio a seu colega de partido, Geraldo Alckmin, em favor do candidato dos Democratas, Gilberto Kassab, Serra demonstrou perspicácia política. Acertou, Kassab venceu e, com o peso político de um Governador de São Paulo, agora tem mais voz ativa ainda na futura decisão do partido sobre o candidato às eleições de 2010.

No entanto, esse emaranhado político não pára por aí. De Minas Gerais vem um contrapeso forte. Aécio Neves, com suas sucessivas viagens e declarações deixa claro que já iniciou campanha por seu nome. Conta a seu favor: o forte apoio político em Minas, sua ativa participação nas eleições dos principais centros eleitorais do estado, o fato de ter ajudado o partido fazer prefeitos em alguns deles (como em Juiz de Fora, por exemplo), e o argumento político de que o povo mineiro está há tempos ansioso por um candidato de seu estado. Este último ponto pode ser decisivo. Caso use isso a seu favor, antes e durante as eleições, não só consegue sua candidatura como a presidência. Minas Gerais é o segundo maior estado em número de eleitores. O problema desse argumento é que São Paulo é o primeiro, com o dobro de eleitores.

No tom da declarações que aparecem na mídia, já se percebe a disputa entre PSDB paulista e PSDB mineiro, essa configuração ainda vai dar pano para manga, resta a nós, mortais, acompanhar e esperar. Essa é, possivelmente, a principal querela até o início dos debates eleitorais, que é quando definitivamente vai estar tudo preto no branco, não faltando nem um pingo nos is.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Alô, alô Brasil!

Estamos inaugurando aqui um espaço para a discussão política. É muito bom saber que hoje, passados tempos sombrios e turbilhões, nós podemos nos expressar livremente sobre a política nacional com tanta naturalidade e descontração. Ninguém aqui pretende ser o dono da verdade ou estar acima do bem e do mal, tanto que as discussões são livres. Os únicos avisos são para que mantenhamos o nível das conversações e o respeito mútuo.

Esse nosso Brasil está precisando de discutir. Nós aqui estamos para dar o nosso parecer, analisar os fatos, nos indignar, botar pra quebrar, lavar roupa suja... seja lá o que for o importante é não ficar calado nunca.

Não se acomode, não se contenta com o que está aí, tudo sempre pode ser melhor.

Um abraço