quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Papo de botequim

E do reino do Até Quando continuam ecoando perguntas:
Será que um dia vamos conversar sobre reforma agrária?
Será que a educação de base e o professor serão valorizados?
Será que os hospitais vão garantir condições mínimas para que as pessoas não morram enquanto procuram por socorro ou em corredores a espera de uma vaga?
O velho bêbado que viveu 10.000 anos canta Lulu Santos (porque ele é mais moderno):
Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade.
Enquanto isso, assuntos sérios são abafados e os diários vendem fofoca com o último mexerico do – como diria Millôr – Sir Ney.
Por isso estou também do lado dos Paralamas do Sucesso: Se essa palhaçada fosse na cinelândia, ia juntar muita gente pra pegar na saída. Fazer justiça uma vez na vida. Parabéns, coronéis! Vocês venceram outra vez, o congresso continua a serviço de vocês. Papai quando eu crescer eu quero ser anão para roubar, renunciar, voltar na próxima eleição.
Quem não conhece os anões da previdência, por favor, pesquise. Tem até um cara maneiro que justificou sua fortuna repentina alegando que ganhou zentas vezes na loteria.
Viva a liberdade de expressão! Hahahaha

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Panorama I

Talvez a política não mude o mundo. Não. É certo que a política não muda o mundo. Hoje poucas ações políticas tem força de mudança no mundo. Mas, então, o que muda o mundo hoje?

A política é cada vez mais espetáculo. George Bush, filho pilotou um caça ao vivo na casa de todos os americanos. Ele estava interpretando.
Diariamente no Brasil acontecem espetáculos políticos. Tudo um grande palco absorvido pela sociedade do espetáculo de que já falava Gui Debord. Em a sociedade do espetáculo, obra teórica do movimento situacionista, Debord fala da transformação do homem em uma imagem a ser reproduzida, do império da política da mercadoria e do processo de transformação de todas as coisas existentes em capital.

Esse espetáculo anima as massas. Em 1984, romance de Geroge Orwell, a guerra é o espetáculo utilizado para mexer com o ânimo dos trabalhadores.
Hoje é o consumo. O incentivo ao processo de consumo e renovação de mercadorias, troca por novos produtos, é máximo. O consumo é exagerado. Reparem na taxa de crescimento da população obesa, que, evidentemente, sofre com problemas relacionados ao excesso de peso. Um problema de saúde pública criada por uma política. Esse é um exemplo. Porém, Muito do que há, é tudo isso fruto de uma política de alto consumo para obter alto crescimento e alto rendimento.

Assista um documentário chamado SURPLUS. Vale a pena baixar.