terça-feira, 20 de outubro de 2009

Define muito mais a política a vontade de poder dos homens que a ideologia.

Pois se alguns homens já não se dão, é difícil um governo único. Em qualquer escala. E longe disso passa a ideologia. A ideologia é, antes de tudo, um disfarce. E aqui cabe uma crítica a esses que afirmam ser sua ideologia mais fraterna, mais humana. Pode ser, mas são tudo fantasias teóricas que se veste. Em verdade, há o poder entre os homens.
Não nego a habilidade de um homem congregar a unidade total. Apenas acredito na dificuldade dessa tarefa política. Ela não deixa de ser o objetivo de todo aquele que busca poder.
A ideologia nesse contexto de poder surge como um álibi. É a prova de que não estávamos lá no lugar do crime. Mas não existe crime perfeito, existe?
Mas e as pessoas? Será que se enganam com essa conversa?
Algumas sim, algumas não.
Aquelas que acreditam jogam o jogo, muitas vezes, ignorando as suas regras e pagando esse preço.
Aquelas que não acreditam sofrem a acusação de paganismo, ou mesmo heresia. Uma semelhança com a Igreja.
Para aquelas que não acreditam, e seguindo o mote eclesiástico, afirmo que a luz talvez esteja mais perto de suas frontes sedentas que daqueles, pois, em resumo, o que há é o poder entre os homens. Ideologia é moda, e moda passa.

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